1ª Formação de Professores Coordenadores-DERSV- 2015

 Para que os Professores Coordenadores se reconheçam como formadores de professores em suas unidades escolares e, para que haja um melhor entendimento de suas funções e das ações a serem realizadas pelo PC quanto ao conhecimento de sua escola, de sua identidade, de sua rotina, de seu planejamento de ATPC, dos aspectos avaliativos, da criação de portfólios, atualização do Plano de Intervenção Pedagógica, faz-se necessária a realização de Orientação Técnica que possibilite criar repertórios embasados nas diretrizes da SEE, para a melhoria da atuação dele como PC, melhoria do ensino realizado por professores e a aprendizagem dos alunos.
Portanto, justifica-se esta orientação técnica de compromisso com a educação do Estado de São Paulo, embasada nas orientações da Secretaria de Estado Educação.
OBJETIVO GERAL
Oportunizar formação profissional aos professores coordenadores, das unidades escolares desta diretoria, pelo tema “Identidade do Professor Coordenador” com foco de sua função em consonância com o perfil da escola.
COMPETÊNCIA

Entender as atribuições da função de Professor Pedagógico Coordenador.
CONTEÚDO
Durante o ano de 2014, o Núcleo Pedagógico realizou Orientações Técnicas específicas aos Professores Coordenadores, que abordaram diversos temas e que terão continuidade para o ano presente.
A escola representa a possibilidade de se iniciar um processo capaz de responder à necessidade de qualificação dos profissionais e consolidar-se como um espaço permanente de oportunidades de profissionalização do grupo de educadores que dela faz parte.
No início de 2015, as orientações técnicas, ao serem retomadas, contemplarão a devolutiva do trabalho realizado no ano anterior, pois os trabalhos pedagógicos propostos pelo NPE, desta Diretoria de Ensino, priorizam a continuidade de suas ações e tem como um de seus objetivos formar educadores para promover o aprendizado do aluno.
O roteiro do cronograma de formação será exposto durante a OT para que o PC tenha acesso aos dias específicos de sua convocação e estudo.
Por ser a escola local de ensino e aprendizagem, é necessário que o PC tenha real entendimento de sua escola como espaço físico e da proposta pedagógica. Para isto, o PC realizará um relatório de sua unidade escolar e o disponibilizará no Plano de Intervenção Pedagógica desenvolvido, por ele no ano de 2014 e que terá continuidade neste ano letivo.
O perfil formador do PC será priorizado, uma vez que é sua função formar os professores especialistas de sua escola. Para isto será disponibilizada, em estudo, a Resolução SE 75, de 30-12-2014 (DOE de 31/12/2014) quedispõe sobre a função gratificada de Professor Coordenador:
Artigo 5º - Constituem-se atribuições do docente designado para o exercício da função gratificada de Professor Coordenador - PC: 
I - atuar como gestor pedagógico, com competência para planejar, acompanhar e avaliar os processos de ensinar e aprender, bem como o desempenho de professores e alunos;
II - orientar o trabalho dos demais docentes, nas reuniões pedagógicas e no horário de trabalho coletivo, de modo a apoiar e subsidiar as atividades em sala de aula, observadas as sequências didáticas de cada ano, curso e ciclo;
III - ter como prioridade o planejamento e a organização dos materiais didáticos, impressos ou em DVDs, e dos recursos tecnológicos, disponibilizados na escola;
IV - coordenar as atividades necessárias à organização, ao planejamento, ao acompanhamento, à avaliação e à análise dos resultados dos estudos de reforço e de recuperação;
V - decidir, juntamente com a equipe gestora e com os docentes das classes e/ou das disciplinas, a conveniência e oportunidade de se promoverem intervenções imediatas na aprendizagem, a fim de sanar as dificuldades dos alunos, mediante a aplicação de mecanismos de apoio escolar, como a inserção de professor auxiliar, em tempo real das respectivas aulas, e a formação de classes de recuperação contínua e/ou intensiva;
VI - relacionar-se com os demais profissionais da escola de forma cordial, colaborativa e solícita, apresentando dinamismo e espírito de liderança;
VII - trabalhar em equipe como parceiro;
VIII - orientar os professores quanto às concepções que subsidiam práticas de gestão democrática e participativa, bem como as disposições curriculares, pertinentes às áreas e disciplinas que compõem o currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino;
IX - coordenar a elaboração, o desenvolvimento, o acompanhamento e a avaliação da proposta pedagógica, juntamente com os professores e demais gestores da unidade escolar, em consonância com os princípios de uma gestão democrática participativa e das disposições curriculares, bem como dos objetivos e metas a serem atingidos;
X - tornar as ações de coordenação pedagógica um espaço dialógico e colaborativo de práticas gestoras e docentes, que assegurem:
  1. a participação proativa de todos os professores, nas horas de trabalho pedagógico coletivo, promovendo situações de orientação sobre práticas docentes de acompanhamento e avaliação das propostas de trabalho programadas;
b) a vivência de situações de ensino, de aprendizagem e de avaliação ajustadas aos conteúdos e às necessidades, bem como às práticas metodológicas utilizadas pelos professores;
c) a efetiva utilização de materiais didáticos e de recursos tecnológicos, previamente selecionados e organizados, com plena adequação às diferentes situações de ensino e de aprendizagem dos alunos e a suas necessidades individuais;
d) as abordagens multidisciplinares, por meio de metodologia de projeto e/ou de temáticas transversais significativas para os alunos;
e) a divulgação e o intercâmbio de práticas docentes bem sucedidas, em especial as que façam uso de recursos tecnológicos e pedagógicos disponibilizados na escola;
f) a análise de índices e indicadores externos de avaliação de sistema e desempenho da escola, para tomada de decisões em relação à proposta pedagógica e a projetos desenvolvidos no âmbito escolar;
g) a análise de indicadores internos de frequência e de aprendizagem dos alunos, tanto da avaliação em processo externo, quanto das avaliações realizadas pelos respectivos docentes, de forma a promover ajustes contínuos das ações de apoio necessárias à aprendizagem;
h) a obtenção de bons resultados e o progressivo êxito do processo de ensino e aprendizagem na unidade escolar.
        
        A identidade do Professor Coordenador será pedra de toque quanto à atuação dentro da escola em que exerce sua função. O PC deverá reconhecer-se como aquele que forma, que instrui e que atualiza o corpo docente sobre as orientações da SEE para que todos aprimorem suas práticas pedagógicas.
Quanto à avaliação, supõe-se que palavras indicativas como prova teste, exame, aprovação, reprovação estão diretamente interligadas e que poderiam ser os aspectos mais importantes de uma avaliação para perceber a aquisição dos conhecimentos do educando. Porém, o que realmente importa e o que é realmente necessário, é o professor perceber três aspectos da avaliação:  processual,  formativa e  somativa.
Muitas vezes, tem-se a tendência de identificar conteúdos com conhecimentos, isto porque os conteúdos são também indicadores e meios para reconhecimentos das aprendizagens e das aquisições cognitivas desejadas. Por isso, numa avaliação de conhecimento, os tipos de tarefas e atividades devem revelar o nível e a qualidade das aquisições cognitivas, das competências e habilidades alcançadas pelos alunos. Para isto, os conteúdos devem mostrar como o aluno raciocinou, deduziu, inferiu e adquiriu seus conhecimentos, para depois modificar suas perspectivas e atitudes perante à vida (competências e habilidades).
A avaliação de competências se faz pela observação dos alunos, quando seus saberes são colocados em ação durante um teste fazendo com que o educando se manifeste, se comporte ou aja de uma determinada maneira experimentalmente acessível e mensurável.
Os conteúdos são base para que os alunos apreendam novos conhecimentos e, a partir destes, desenvolvam habilidades e tornem-se competentes diante de desafios futuros.
É necessário fazer a avaliação sob o olhar das competências e habilidades que deverão ser adquiridas pelos alunos, uma vez que estes frequentam as escolas para adquiri-las, para tornarem-se indivíduos capazes de observar, relacionar, fazer, atuar, compreender o mundo, nele se inserir, agir, modificar e melhorar a própria vida e a dos que estão a sua volta.
Tanto a avaliação como, perfil do Pc, além de suas funções o transcorrer da OT contemplará:
  • Devolutiva / Avaliação 2014;
  • Roteiro da formação (cronograma);
  • Elaboração do perfil da escola (formulário);
  • Identidade do Professor Coordenador: Fundamentação Teórica;
  • Agenda e Roteiro de Acompanhamento em sala de aula;
  • Pauta formativa;
  • ATPC;
  • Avaliação;
  • Roteiro de Plano de Trabalho do PC e Portfólio;
  • Trabalho Pessoal/Coletivo: Plano de Trabalho do PC 1º semestre 2015.
ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS
Discussões em grupos – Essas discussões reúnem o grupo de professores participantes, que são estimulados a discutir assuntos relacionados à função de professor coordenador e também aos conteúdos específicos do proposto na Orientação Técnica, sob a mediação dos PCNPs.
O objetivo é o de gerar uma conversa acerca do tema abordado para que, dessa forma, seja realizada a inserção dos profissionais que ainda não se apropriaram dos conteúdos elencados e, também, oportunizar o aprofundamento daqueles profissionais que já estão familiarizados com os assuntos apresentados.
O papel do PCNP é o de incentivar a participação de todos, procurando evitar que os professores sejam sempre àqueles mesmos que
se posicionam nas discussões. Por meio da organização dos tempos e das falas, pré-acordados nos combinados, os formandos terão a oportunidade de se manifestarem e também de ouvirem as ideias de outros presentes. Esta ação visa ajudar o grupo a explorar os assuntos com a profundidade desejada para o encontro, além de permitir manter a conversa em torno dos objetos de estudo da Orientação Técnica. A discussão é dirigida por um roteiro semi-estruturado, pré-estabelecido segundo os objetivos da ação.

Explanações orais (formador e formandos) - Trata-se de explicações do tema abordado com contornos de uma aula expositiva dialogada, método que se pretende adotar. Apesar de muitos educadores e pensadores considerarem a “aula expositiva” algo tradicional, ela ainda persiste em muitos momentos de formação. Por isso, considera-se importante torná-la mais atrativa para o formando e, para tanto, o formador deve propiciar situações de interação, que tornem as explanações diferentes daquelas em que os participantes sejam apenas meros expectadores. Tal interação, neste nível, pode ser alcançada por meio de questionamentos elaborados pelo formador, que devem motivar os formandos a exporem oralmente suas conclusões sobre o discorrido.
Um ponto positivo observado nas aulas expositivas é a possibilidade de oportunizar a aplicação de recursos ou instrumentos didáticos (datashow, mapas, tabelas, vídeos, entre outros). O método expositivo de aula acrescido de recursos torna-se interessante, uma vez que o formando pode ter novas e positivas percepções sobre estes recursos.
Neste sentido, é possível constatar que, dessa forma, criam-se maiores possibilidades de atrair o formando para o conteúdo/mensagem e também a mensagem se torna mais compreensível, proporcionando a eficácia da ação. Além das vantagens imediatas apontadas, acredita-se
que as observações e interações realizadas pelos formandos durante os trabalhos, possam indicar caminhos por meio dos quais esses mesmos formandos percebam-se capazes de desenvolver tais práticas em suas escolas.

Utilização de recursos audiovisuais - As Orientações Técnicas apresentam diversos momentos. Por mais clara que seja a didática do PCNP ou por melhor que seja a elaboração de uma apresentação expositiva, através de suporte digital, construída no software Microsoft Office Power Point, a utilização de recursos audiovisuais constitui uma excelente ferramenta de comunicação e é capaz de traduzir de forma ímpar regras, consequências e, principalmente, ilustrar algum conteúdo desenvolvido na Orientação Técnica.
A utilização de recursos audiovisuais (comunicação, mensagem, recurso, material etc. que se destina a, ou visa) tem o objetivo de aprimorar a comunicação por meio da combinação de som e imagem. Em função do grande potencial apresentado por esta ferramenta, também se torna interessante o incentivo, para a produção de materiais por meio desta forma de comunicação, aos professores.

Realização de atividades - O conhecimento prático constitui um aspecto importante na formação do professor, uma vez que por meio dele podem ser analisados os pressupostos teóricos da função do Professor Coordenador, do Currículo Oficial do Estado de São Paulo.
Esta etapa consiste na discussão e na realização de atividades entre formador e formandos, que permitam identificar os conteúdos específicos da Orientação Técnica, que estão fundamentados no ensino por competências e habilidades.
Recepção aos convocados com música ambiente (material DVDs da disciplina de arte)
  • Combinados - O formador propõe o diálogo para mostrar a seu público alvo que as ações de formação continuada atendem aos preceitos legais. Nestes está previsto que o Estado tem o dever de oferecer a formação e os docentes têm o direito e o dever de participar delas. Deve-se enfatizar que ações contrárias aos direitos e deveres podem ser consideradas antiéticas. Os combinados, nesse sentido, abrirão o canal de comunicação entre as partes para estabelecer o que é bom para todos, não se limitando apenas a definir o que pode e o que não pode no ambiente de formação. Contudo, é fato que o desligamento de aparelhos sonoros; o respeito ao horário e ao desenvolvimento da pauta da reunião; e a postura e foco no tema proposto, são condições mínimas necessárias, no entendimento do formador, ao transcorrer de um processo em que todos aprendam e (com)partilhem expectativas, experiências e possíveis dúvidas surgidas - 5 min;
ETAPA 1 – Analisando-Supervisor.
Legislação e Atribuições do PC.
Das 9h05 às 9h30
  • Aspectos legais.
ETAPA 2 - Resgatando
Devolutiva / Avaliação 2014.
Das 9h30 às 9h40 - Devolutiva/Avaliação 2014 e Roteiro da formação (cronograma).
  • Exibição (PPT);
  • Reflexão e interação;
  •  Apresentação (PPT) Reflexão e interação.
ETAPA 3 – Identificando
Elaboração do perfil da escola.
Perfil do PC.
Das 9h40 às 10h10- Elaboração do perfil da escola.
  • Apresentação (PPT);
  • Reflexão e interação.

Café
Das 10h10 às 10h30
ETAPA 4 – Reconhecendo
Identidade do Professor Coordenador: Fundamentação Teórica.
Agenda e Roteiro de Acompanhamento em Sala de Aula.
Das 10h30 às 11h20
  • Apresentação de Filmes e PPT e sua aplicabilidade;
  • Construção de agenda e de um roteiro de observação de sala de aula.
ETAPA 5 – Orientando
Das 11h20às 12h10
Pauta formativa e ATPC.
  • Aspectos relevantes.
Almoço
Das 12h10 às 13h10
ETAPA 6 – Refletindo
Avaliação na escola.
Das 13h10 às 14
  • Retomada da formação acerca do tema avaliação;
  • Recomendações Pedagógicas;
  • Devolutiva de avaliação.
ETAPA 7 - Propondo
Roteiro de Plano de Trabalho do PC e Portfólio  .
Das 14hàs 14h50
  • Discussão sobre Plano de Intervenção Pedagógica.
ETAPA 8 - Realizando
Trabalho Pessoal/coletivo: Plano de Trabalho do PC 1º semestre 2015.
Das 14h50 ás 15h10
  • Proposta de criação do perfil do PC, atualização do Plano de Intervenção Pedagógica, agenda do PC (rotina, horário de estudo,
atendimento aos pais, ATPC, Acompanhamento de sala de aula, Feedback aos professores da unidade escolar, reunião com a equipe gestora e organização da pauta formativa).
ETAPA 9 - Avaliando
Avaliação do dia.
Das 15h10 – 15h30
  • Retomada dos conceitos iniciais e reflexão acerca de conceitos e práticas abordadas durante a OT – 5 minutos;
  • Avaliação da OT – 10 minutos;
  • Encerramento – 5 minutos.
RECURSOS MATERIAIS
• Computador de mesa / Notebook;
• Projetor de imagens – Datashow;
• Textos impressos e cópias reprográficas;
• Flip Chart e cavalete suporte;
• Pincel atômico - cores variadas;
• Canetas esferográficas azuis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALMEIDA, Laurinda R. Coordenador Pedagógico e a Formação Docente: São Paulo. ed.Loyola, 2007. 65p.
ALMEIDA, Laurinda R. Coordenador Pedagógico e o Espaço de Mudança: São Paulo. ed.Loyola, 2006. 119p.
GUIMARÃES, Ana A. O Coordenador Pedagógico e a Educação Continuada: São Paulo. Ed. Loyola, 2010.55p.
PESCUMA, Derna, CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Referências Bibliográficas: um guia para documentar suas pesquisas. São Paulo: Olho d’Água, 2001. 113p.
REIS, Pedro. Observação de aulas e avaliação do desempenho docente.    Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Lisboa (2011) 72p.
OUTRAS FONTES:
Currículo do Estado de São Paulo. Acessado em: 05/03/2015.
Revista Nova Escola. Acessado em: 04/03/2015.
Práticas em Ensino de Física - Roteiro de visitas à escola (adaptado). Acessado em 04/03/2015. disciplinas.stoa.usp.br/mod/resource/view.php?id=92163
Práticas em Ensino de Física - Roteiro de visitas à escola: suporte para produção das atividades (adaptado) Acessado em: 02/03/2015.
Resolução SE 75, de 30-12-2014 (DOE de 31/12/2014) Acessado em: 04/03/2015.
Rios, Terezinha. Identidade da escola, o perfil da instituição está em construção constante e em articulação com toda a sociedade. Acessado em: 09/03/2015. http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/identidade-escola-autonomia-etica-valores-gestao-participativa-democratica-trabalho-equipe-escolar-515765.shtml